no silêncio aparente dos mortos declinam-se os recantos da terra assim extinta sobre o brilho lunar dos heróis
morro por dentro, na vaga do tempo
inconcluído
destroço do nada que vagueia
e, chamando-me, a ave
do nada se refaz o vento que varre a memória,
e na rocha, na sua bruta forma, desenha-se por fim o teu rosto
que a manhã acende em poderosa chama da paixão
a luz irrompe então sobre ti, incontida, como o mar na gruta do desejo
tudo se suspende
e o teu corpo nasce, intocado e nu
na invocação da manhã
Pedro Saborino
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