Não encontro melhor forma de celebrar a madrugada do 25 de Abril do que evocar aqui Sophia de Mello Breyner Andresen .
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Poema de palavra exacta e intensa utopia, que o saúda numa alvorada de esperanças .
No percurso poético de Sophia há uma verdade intrínseca que a modela de dentro para fora , uma construção da linguagem de modo essencial e um retorno ao profundo significado da vertigem das palavras , numa união quase sagrada do ser com o mundo.
A poesia de Sophia de Mello Breyner é notável na sua estética , diria quase solar, de interpelação do real . " Palavras que eu despi da sua literatura, para lhes dar a sua forma primitiva e pura, de fórmulas de magia" diz ela em " O jardim e a noite" de "Poesia" seu livro de estreia , e que repetirá depois pela sua obra.
Mais além da poesia, mas também da prosa, contos, teatro , ensaio e traduções, Sophia teve
uma empenhada e exemplar intervenção política na defesa das liberdades , quer antes do 25 de Abril no tempo da ditadura, quer depois .
Aqui recordo Sophia , a minha paixão pela sua poesia e a minha admiração pelo seu exemplo de cidadania.
Mais além da poesia, mas também da prosa, contos, teatro , ensaio e traduções, Sophia teve
uma empenhada e exemplar intervenção política na defesa das liberdades , quer antes do 25 de Abril no tempo da ditadura, quer depois .
Aqui recordo Sophia , a minha paixão pela sua poesia e a minha admiração pelo seu exemplo de cidadania.
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