
Manuel Alegre é o poeta da paixão indizível, da aventura épica, do destemor, do grande silêncio .Talvez o último poeta romântico do seu tempo.
O seu percurso de vida preencheu o imaginário da minha geração.
Para mim certamente um dos poetas preferidos. Talvez o mais próximo.
Metáforas
As metáforas devoram as metáforas
mas nunca ninguém dirá
aqui
ou
ali.
Porque o teu reino é no adverso e no inverso
e só aí
o vento o verbo um verso.
Manuel Alegre, Livro do Português errante
Que nome te dar? Tu és única. Tu és todas. Ou talvez nenhuma. Eu sou tu. Tu és eu. A outra metade de mim. A parte de ti que em mim ficou. A parte de mim que foi contigo. Ninguém me foi tão próximo. Ninguém me escapou tanto.
Como foi que constantemente nos encontrámos e nos perdemos?
Esta é a história . Uma história sem história. Uma história só isto.
Manuel Alegre, A Terceira Rosa
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