
Adianta-te ao adeus, como se ele assim
ficasse para trás, como o Inverno agora.
XIII Soneto a Orfeu R. M. Rilke
Vê como é difícil achar as palavras que nomeiam esta paixão
na tarde em agonia
terrível oficina de silêncios e escuros recantos
escuta o vento nos ramos nus dos plátanos
por cima de memórias que agora enchem os nossos dias
já não sabemos chorar - temos fome - e a estrada corre à nossa frente
gelou a fonte. A terra ressequida estala sob os nossos pés.
Diz-me : onde fica o paraíso ? Sabemos agora mais do que sabíamos ontem sobre o
universo ?
Diz-me ainda : que deus nos conduzirá ?
Vê como o amor se desvenda no poema
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