
A poesia deste basco é tão intensa como as suas buscas. Resistente antifranquista , construiu a utopia de uma poesia de intervenção, social, directa, imanente, que preencheu muitos sonhos da minha juventude. Como esta.
(...) Assim é a minha poesia: poesia-ferramenta
e ao mesmo tempo pulsação do unânime e do cego.
Assim é , arma carregada de futuro expansivo
com que te aponto ao peito
Não é uma poesia gota-a-gota pensada.
Nem um belo produto. Nem um fruto perfeito.
É algo como o ar que todos respiramos
e é o canto que difunde o que levamos dentro.
São palavras que todos repetimos sentindo
como nossa, e voam. São mais do que o que dizem.
São o mais necessário : o que possui um nome.
São gritos no céu e, na terra, são actos.
Gabriel Celaya (1911-1991)
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