terça-feira, 12 de junho de 2012
dies irae
dies irae
nesta cidade viverá o teu nome
ó deus da justiça, mais do que os anjos que velam o invisível
sobre nós baixarás a tua mão
brotará o sangue sobre a nossa cabeça
como a bênção da morte redentora
falarás depois do esquecimento e
tudo se fechará num silêncio absoluto
como a luz que provém da escuridão
um rio que vem do fundo do tempo
remoto tal a origem do corpo
o universo tremerá, no espaço negro da força incógnita
e então desvendarás o significado da sabedoria do anjo
e das formas
mostrarás o teu poder
sobre a quietude, o vazio,
desvendarás a dor que nos acorrenta
e nos mantém escravos
nesta cidade escutaremos finalmente a tua voz
- ó deus da justiça-
como o cântico da libertação
Pedro Saborino
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