terça-feira, 2 de agosto de 2011

O banqueiro neo-anarquista, Espinosa e a liberdade








O banqueiro neo-anarquista , Espinosa e a liberdade


certamente, neste ou noutro dia qualquer, você compreenderá que o jugo tirânico do dinheiro se insinua por si próprio, se enrola sobre si mesmo como uma hélice de que não se conhece nem o fim nem o princípio, a desigualdade é um fatalismo, a liberdade um poder igualmente desigual que você pode ter ou não ter conforme o dinheiro seja poderoso ou subjugador, a minha liberdade não é o poder do dinheiro é saber que o seu trabalho não é mera ficção mas o meu lucro, mas já estou muito longe, meu caro amigo, da acção directa, o anarquismo é um mero disfarce a persona cinzenta talvez um pouco cínica em que me escondo, na verdade eu acredito que os marxismos estão todos mortos e que não somos definitivamente todos iguais, a revolução acabou , o meu próprio dinheiro não me mede a riqueza. afinal o que é ser rico? uma metáfora , ser rico não me torna livre mas você, que não é rico, não é igualmente livre, repito - a liberdade não existe por si é um poder discriminatório, a sociedade é um poder regulador, a burguesia uma miragem, você leu Gramsci? não acredito em intelectuais, não há cultura de massas, o dinheiro dimana para a cultura porque a precede, sem ele a cultura é uma falácia




- a liberdade é uma construção interior ( respondeu-lhe pausadamente o interlocutor), Espinosa situava a liberdade numa necessidade livre . o poder não é verdadeiramente livre porque não é exercido de dentro para fora e por isso considera toda a liberdade perigosa. mas a minha essência é ser livre e não temo o poder, nem o do dinheiro.essa é a minha liberdade

2 comentários:

  1. Ia escrever belo, para significar o meu agrado, a minha adesão ao texto e, depois, retrocedi, voltei ao principio.
    No principio encontrei a palavra certa, a que estava madura para ser colhida: esencial.
    Isso mesmo. Um texto essencial.

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  2. Obrigado pelo seu afectuoso comentário. As ideias que não são partilhadas não vivem.
    DS

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